condições climáticas com muito calor ou muito frio podem afetar desempenho de jogadores - Bruno Santos/Folha Press
Nos dias bem quentes, o rendimento do jogador de futebol é menor, pois o calor provoca estresse térmico no atleta e queda no seu desempenho físico na partida.
Esta é a observação de pesquisadores do laboratório de biologia do exercício da universidade federal de Viçosa (MG) publicada na revista brasileira de ciências do esporte.
Leonardo Rezende, Miguel Carneiro Júnior e Thales Gomes, formados em educação física, apresentaram uma revisão dos principais estudos sobre termorregulação e sua importância no futebol.
Na copa do mundo de 2014, realizada no Brasil, diferenças climáticas em varias regiões do país chamaram a atenção dos pesquisadores.
Os autores citam os jogos realizados em Manaus, região quente e úmida. A desidratação provocada pela perda de liquido pela sudorese e o calor local provocaram perda de massa corporal e queda no desempenho físico.
A estrategia para contornar o problema é o uso de tecidos especiais nos uniformes e reposição de líquido.
Muito calor não não é bom, mas o frio intenso (-5ºc) também não, porque pode induzir à deficiência na função neuromuscular do jogador e interferir no desempenho, diz Christopher Carling em sua tese de doutorado sobre performa física no futebol, apresentada na Universidade Central de Lancashire, Reino Unido.
Ele recomenda a ingestão de líquidos, pois o exercício prolongado no frio aumenta a diurese.
Julio Abramczyk
Médico, vencedor dos prêmios ESSO (informação cientifica) e J. Reis de divulgação cientifica (CNPq).
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