sábado, 26 de janeiro de 2019

ODONTOLOGIA DO ESPORTE

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Engana-se quem pensa que a odontologia é responsável apenas por sorrisos bonitos e dentes brancos. A saúde bucal está associada diretamente com a saúde de ordem geral. Diversas doenças sistêmicas, aquelas que eventualmente afetam todo o organismo, podem ter origem em infecções orais.

Os atletas, profissionais ou não, devem estar ainda mais atentos a essa condição, pois exigem mais do seu corpo e necessitam de atenções especiais à saúde. Para este segmento de atuação existe a Odontologia do Esporte que tem como objetivo investigar, prevenir, tratar, reabilitar e compreender a influência das doenças da cavidade bucal no desempenho dos atletas, com a finalidade de melhorar o rendimento esportivo e prevenir lesões, considerando as particularidades fisiológicas dos atletas, a modalidade que pratica e as regras do esporte. Cada esporte possui diferentes particularidades que alteram a capacidade fisiológica e a condição física dos seus praticantes. Todos esses detalhes devem ser levados em consideração para que o atendimento odontológico seja oferecido de maneira otimizada e individualizada.

Existem diversos fatores que relacionam a odontologia com a saúde geral do atleta:

• A presença de focos infecciosos na boca do atleta traz um prejuízo imenso na sua preparação e na recuperação de lesões musculares e articulares;

• Doenças periodontais (Tecido de suporte – gengiva e osso alveolar), que além de também serem focos infecciosos, contribuem para algumas doenças coronarianas, como a endocardite bacteriana;

• Alterações na posição dos elementos dentários que resulta em uma oclusão (encaixe dos dentes) inadequada, tendo como consequência uma alteração na respiração e na postura corporal do atleta. Existe uma placa otimizadora de desempenho que compensa esses distúrbios, resultando em um equilíbrio oclusal, relaxamento muscular e correção postural.

• O respirador bucal possui diversas características clinicas e comportamentais que influenciam diretamente no seu desempenho físico;

• O consumo de isotônicos deve ser realizado com moderação, caso isso não ocorra diversas alterações dentárias podem ocorrer prejudicando a saúde bucal do atleta;

• A ingestão de alimentos e suplementos realizados pelos atletas tem uma frequência maior quando comparado a uma pessoa “comum”, por isso devemos estar atentos a higiene bucal e realizar visitas mais frequentes ao cirurgião-dentista;

• A presença do terceiro molar, o siso, incluso na cavidade oral pode aumentar o risco de fraturas mandibulares nos esportes de contato. Quando mal posicionado ou em processo de erupção, o siso pode aumentar o risco de infecções bucais pelo déficit na higiene bucal, causando a pericoronarite.

• As patologias ou disfunções da articulação temporo mandibular (DTM), articulação da mandíbula com o crânio, são mais frequentes nos atletas por efetuarem um apertamento oclusal, força excessiva dos dentes superiores contra os dentes inferiores, nos momentos de explosão muscular e por estarem mais expostos a níveis de estresse.

• Os traumas dentários e faciais são muito frequentes nos atletas. Dependendo do esporte esta incidência aumenta significativamente;

• Os protetores bucais são dispositivos intraorais com a função de amortecer e dissipar as forças transmitidas pelo trauma. O protetor bucal ideal é confeccionado pelo cirurgião dentista.

Para consolidar, centralizar e aprimorar todas essas questões colocadas acima, foi criada em 2013 a Academia Brasileira de Odontologia do Esporte – ABROE possui membros em todo Brasil e tem como principal função promover a odontologia do esporte através de pesquisas científicas e comprovações clinicas.

Atualmente o Departamento Odontológico do Botafogo de Futebol e Regatas, localizado no Estádio Olímpico João Havelange – Engenhão, é referência nacional em Odontologia do Esporte e oferece atendimento odontológico especializado em odontologia do esporte a todos os atletas de todas as modalidades do clube.

Nos próximos posts discutiremos detalhadamente cada fator que possa causar uma alteração de ordem geral na saúde do atleta a partir de uma condição bucal inadequada. Na próxima semana o assunto será sobre placas otimizadoras de desempenho. Diversos craques do Futevôlei, como Léo Tubarão, Anderson Águia, Marcelinho e Eduardinho já lançaram mão deste dispositivo para melhorar o rendimento físico.

Acompanhe a matéria publicada sobre nesta segunda-feira dia 18/08/2014 na globo.com sobre as placas otimizadoras de desempenho nos atletas do Botafogo FR. Segue o link:

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/08/botafogo-adota-dispositivo-bucal-para-aperfeicoar-desempenho-dos-atletas.html
Gustavo Ferreira – CRO/RJ 31783
www.diosport.com.br

Sugestão: procure Dr.: Marcos na 

RUA: VANCOUVER, 33 JARDIM CANADÁ/ NOVA LIMA, FONE: 31 30595859

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O JUDOCA GUSTAVO ASSIS (O SALSA)90kg VAI REPRESENTAR O MINAS TÊNIS CLUBE NO GRAND PRIX DE TEL AVIV, EM ISRAEL

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                                                                    Minas Tênis Clube - Esporte


🥋O Circuito Mundial 2019 da Federação Internacional de Judô (FIJ) começa com a disputa do Grand Prix de Tel Aviv, em Israel. O judoca Gustavo Assis (90kg) vai representar o Minas e o Brasil na competição, que abre o calendário oficial da modalidade.


💪O minastenista entra no tatame neste sábado (26/1). Além do minastenista, outros cinco brasileiros disputam o GP de Israel.

🇧🇷A competição vai distribuir até 700 pontos, ao campeão, no ranking mundial classificatório para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

COMBINAÇÕES DE ALIMENTOS PODEM AJUDAR A DIMINUIR O ÍNDICE GLICÊMICO





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No Brasil, cada vez mais crianças têm diabetes. São 7,6 mil novos casos por ano, só de diabetes tipo 1 e uma das causas é a má alimentação.


Combinações de alimentos podem ajudar a diminuir o índice glicêmico
No Brasil, cada vez mais crianças têm diabetes. São 7,6 mil novos casos por ano, só de diabetes tipo 1 e uma das causas é a má alimentação. Os dados são da Sociedade Internacional de Diabetes Pediátrico e Adolescente. O Bem Estar desta quarta-feira (19) mostra como algumas combinações de alimentos podem ajudar a diminuir o índice glicêmico. A endocrinologista Denise Franco e a nutricionista Maristela Strufaldi dão orientações sobre o assunto.

GLICEMIA E ALIMENTAÇÃO

Quando a pessoa ingere alimentos com alto índice glicêmico há liberação de grandes quantidades de insulina para manter os níveis de glicose no sangue dentro do limite normal. Se uma pessoa consome mais alimentos ricos em carboidratos, como batatas, açúcar, massas, arroz e biscoitos, ela faz com que o pâncreas trabalhe muito mais que o normal. Quando os níveis de açúcar ou glicose que circulam pelo sangue, apresentam um aumento importante, a essa glicose chamamos de glicemia. 

Alimentos com índice glicêmico mais baixo liberam a insulina mais lentamente e assim mantém maior concentração de glicose. Uma dieta com baixo índice glicêmico pode auxiliar na prevenção de obesidade, além de promover maior saciedade e oxidação da gordura. E isso melhora o controle glicêmico.

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Veja sugestões para deixar o recheio da tapioca mais saudável
Existem diversos fatores que podem influenciar o índice glicêmico dos alimentos: 
- Tipo de fibra;
- Forma de preparo (assado, frito ou cozido);
- Processamento, a consistência e associação com alimentos ricos em gorduras e/ou proteínas (refeições mistas);
- Refeições mistas e alimentos integrais tornam mais lento o processo de digestão e absorção e acarretam menor pico insulínico.

Para quem tem diabetes ou pré-diabetes, essa absorção mais gradativa também é benéfica, pela promoção de melhor controle glicêmico. Sem esquecer dos benefícios das fibras à saúde intestinal.

O arroz branco está muito presente na mesa do brasileiro e a parceria com o feijão é ótima, pois o feijão é uma excelente fonte de fibras. Mas não é recomendado comer o arroz branco puro. O ideal é aliar uma boa porção de salada, vegetais e grelhados associados. A presença das fibras dos vegetais deixa a absorção do amido mais lenta, evitando os picos de insulina e glicose.

Um bom prato saudável deve ter fibras, proteínas e até mesmo azeite de oliva em sua composição. Essas combinações permitem que o carboidrato do arroz branco seja absorvido gradativamente pelo organismo. Além da combinação do prato saudável, o arroz pode conter cenoura, brócolis ou espinafre.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL

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O acompanhamento nutricional, com especialista, nos garante uma alimentação saudável, balanceada e de acordo com as necessidades individuais.
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As dietas milagrosas, restritivas, pobres em nutrientes e criadas sem critério são um risco para a sua saúde, por isso é importantíssimo o acompanhamento profissional.
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Marque já sua consulta com a Dra. Nataly Alves na Equilibrium e Bem Estar!
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Rua Dom Pedro II, N˚ 178, 1˚ andar, Centro - Jequié-BA
(73) 3527-7782 / (73) 9.8820-1993 (whatsapp)

JEQUIÉ ARRANCA 'EMPATE HISTÓRICO' EM ALAGOINHAS: 4x4


No reencontro da torcida com o Carneirão após 5 anos público foi superior a 7 mil pagantes
A equipe da Associação Desportiva Jequié-ADJ, conseguiu na noite desta quarta-feira (23), arrancar um empate histórico diante do Atlético, por 4 a 4, no Estádio Antonio Carneiro, em Alagoinhas, após estar por três vezes em desvantagem no placar. O time da casa chegou a abrir uma vantagem de dois a zero, mas, a equipe comandada pelo técnico Carlos Rabello foi guerreira, igualou e virou o placar o placar para 2×3, em noite inspirada do atacante Pablo, que marcou três vezes para a ADJ. Após voltar a ceder o empate e a virada o Jequié através de Marcelinho, chegou ao empate nos acréscimos. João Neto (2), Peixoto e Gabriel marcaram os quatro gols atleticanos. A partida foi válida pela segunda rodada da fase de classificação do Campeonato Baiano 2019. No outro jogo da noite o Bahia aplicou impiedosa goleada de 7 a 1 na Juazeirense, na Arena Fonte Nova. Nesta quinta-feira (24), o Vitória estará recebendo o Vitória da Conquista, no Barradão, fechando a primeira rodada da competição.

Público feminino não pagou ingresso e esteve presente nas arquibancadas do Carneirão

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

PILOTO DE JEQUIÉ É CAMPEÃO BAIANO DE PARAPENTE

Pedro Gabriel é piloto de paraglider e conquistou o título de Campeão Baiano após duas etapas, a primeira aconteceu em Santa Teresinha, a segunda em Jacobina.
Pilotos das diversas cidades da Bahia e do Brasil chegaram a Jacobina, mas apenas um levou o prêmio de campeão baiano, e é de Jequié. O nome dele é Pedro Gabriel.
Quem nunca sonhou em sentir a verdadeira sensação de voar? Poder ver tudo do alto, sem que seja apenas através da janela de um avião. Por mais que esse tenha sido um grande passo conquistado pelo homem, com a invenção do voo livre a aventura se tornou ainda maior e melhor. Ao proporcionar um contato direto com a natureza, planando na companhia dos pássaros, podemos imaginar de onde vem a expressão “se sentindo nas nuvens”.
Uma das atividades inseridas no voo livre é o parapente que, pode ser praticado tanto para recreação, como competição. Talvez você desconheça essa informação, mas paraglider e parapente são a mesma modalidade esportiva. A diferença de nomenclaturas é simples, cada um surgiu de um idioma distinto: enquanto parapente vem do francês, onde PARA significa parachute (paraquedas) e PENTE é o mesmo que colina, o paraglider vem do inglês: GLIDER que é planador.
O equipamento utilizado para a prática do parapente foi aprimorado, pelos franceses, a partir dos apetrechos usados no paraquedas, ganhando um número maior de adeptos na década de 80. Com o passar dos anos o esporte foi se aprimorando e, atualmente, o equipamento completo vai acondicionado numa mochila e pesa por volta de 17 Kg, podendo ser facilmente transportado em carro pequeno, moto ou nas costas. Apesar de muito parecido com o paraquedismo, o voo do paraglider se diferencia por ser mais dinâmico, onde o piloto é quem controla a ascendência e direção. Dependendo das condições climáticas e de vento, um praticante pode chegar a altura de 15 mil pés, o equivalente a 4.572 metros.
Quando bem executado, o voo de parapente é um dos mais fantásticos de todos e Pedro Gabriel é uma das provas. Mesmo no primeiro voo, é possível ficar mais de quinze minutos ao ar livre, permitindo tempo suficiente para curtir a paisagem, sentir o vento no rosto, a temperatura do ar, e sentir na pele como a natureza é rica.
Troféu conquistado
Homenagem ao nosso Campeão

Pedro Gabriel está à procura de patrocínio para ir representar nosso estado na primeira etapa do Brasileiro 2019, que será realizada em Governador Valadares
Contribua com Pedro Gabriel e tire suas dúvidas: (73) 9 8849-4467 (WhatsApp)
                                                                                           fonte: Jequié Urgente

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

ATLETAS DE JUDÔ DO MINAS TÊNIS CLUBE COMEÇAM BEM A SEMANA EM PINDAMONHANGABA

COMEÇANDO MAIS UMA SEMANA👊🏾💪🏾🙏🏾
Equipe minas tênis clube no Tc em Pindamonhangaba! Grata Grupo Tracbelpelo apoio de sempre e por ta contribuindo imensamente nessa minha caminhada e realizações dos meus sonhos!


ADJ VENCE JACOBINA 1X0 E ESTREIA BEM NO BAIANÃO



A Associação Desportiva Jequié (ADJ) venceu o Jacobina por 1 a 0 neste domingo (20), no estádio Waldomiro Borges, nas estreias das duas equipes no Campeonato Baiano 2019. O gol do time da casa foi marcado pelo jogador Gustavo aos 8min da segunda etapa. Com a vitória, a ADJ ficou empatada com o Bahia de Feira e a Juazeirense no topo da tabela. O público pagante no Waldomirão foi de R$ 1.060 torcedores com renda de R$ 29.310.  A próxima partida do Jequié será contra o Atlético de Alagoinhas, na quarta-feira (23), às 21h30.

Mais seis equipes estrearam no Baianão 2019. No sábado, o Bahia de Feira venceu a Jacuipense por 2 a 1, na abertura do estádio Arena Cajueiro (Estádio Professor Jodilton Oliveira), em Feira de Santana. O Bahia, que entrou com um time B, empatou com o Fluminense de Feira, neste domingo, jogando no estádio Joia da Princesa. A Juazeirense e o Atlético de Alagoinhas empataram  por 2 a 2, no estádio Adauto Moraes em Juazeiro. Ainda falta um jogo para finalizar a rodada, Vitória x Vitória da Conquista, que estreiam na próxima quinta-feira (23), no estádio Barradão.
Ronny Brayner- Jornalista

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

EQUILIBRIUM & BEM-ESTAR

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Um estudo publicado no Canadian Medical Association Journal indica que a acupuntura ajuda a reduzir o número de dias de enxaqueca e pode ter efeitos duradouros sobre o problema. A análise foi liderada por um pesquisador da University of Traditional Chinese Medicine, na China.
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Marque sua consulta e faça uma avaliação com a Dra. Édila Rocha na Equilibrium & Bem-Estar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

CIENTISTAS BRASILEIROS DESCOBREM COMO PREVENIR ALZHEIMER

RIO - Cientistas brasileiros descobriram um caminho para prevenir e potencialmente tratar o Alzheimer, a doença neurodegenerativa que mais avança no mundo à medida que a população envelhece e para a qual não há cura. A chave é o exercício físico. A irisina, um hormônio produzido pelos músculos quando praticamos exercícios, protege o cérebro e restaura a memória afetada pela doença, revelou o estudo.
Batizada em alusão à mensageira dos deuses, Íris, a irisina era associada apenas à queima de gordura. Mas um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu que, no cérebro, ela é importante para que os neurônios possam se comunicar e formar memórias.

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A descoberta tem duas implicações. A primeira é que já se pode dizer que o exercício, mesmo que ainda exista muito o que estudar, contribui para a prevenção do Alzheimer.
— Ainda não sabemos a dose certa de exercício (para que haja esse efeito). Mas ele certamente é fundamental para o metabolismo do cérebro e das doenças provenientes do desequilíbrio deste, como o Alzheimer. Temos que caminhar, nadar, pedalar ou correr. O tipo de exercício não importa. O fundamental é se exercitar, sempre, tornar isso parte da vida, rotina. Não é fácil, mas compensa — afirma Fernanda de Felice, uma das coordenadoras do estudo conduzido pelos institutos de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis e de Biofísica Carlos Chagas Filho, ambos da UFRJ, e da Queen’s University, no Canadá.

Possibilidade de remédios

O outro desdobramento mais distante da pesquisa publicada numa das mais importantes revistas científicas do mundo, a "Nature Medicine", é a possibilidade de desenvolver medicamentos à base de irisina ou de seus mecanismos para pessoas que estão com a doença ou que não podem fazer exercícios, como deficientes físicos.
— O exercício, por liberar irisina, atua duplamente: na prevenção da perda de memória e na restauração da que foi perdida — observa Sérgio Ferreira, que é outro autor do trabalho e professor dos institutos de Biofísica e de Bioquímica Médica da UFRJ.

A origem do estudo está nas pesquisas de Felice, neurocientista da UFRJ e da Queens's University, no Canadá, sobre a associação entre os hormônios e o Alzheimer. Há dez anos, ela começou a obter os primeiros indícios da relação entre este tipo mais comum de demência e o diabetes. Os diabéticos, especialmente os do tipo 2, têm maior risco de desenvolver a doença, causadora da resistência à insulina, que no cérebro também está associada à comunicação entre os neurônios. O estudo com a irisina, que também atua sobre o metabolismo cerebral, foi um desdobramento dessas pesquisas.
O metabolismo cerebral é uma caixa que a ciência mal começou a abrir. Dentro dela, está a chave para compreender como o cérebro conversa o tempo todo com o restante do organismo.
— Se quisermos entender uma doença com a complexidade do Alzheimer, precisamos compreender a integração entre o cérebro e o corpo. O cérebro não funciona sozinho, não flutua no vácuo — diz Sérgio Ferreira.
O exercício funciona com um gatilho para os músculos liberarem irisina. Ela vai para o tecido adiposo branco, a chamada gordura ruim, e a transforma em bege, uma forma intermediária de gordura menos nociva. A irisina é uma "maestrina" do metabolismo. Ela atua positivamente sobre o equilíbrio de ossos e pulmões, e o grupo de brasileiros comprovou agora que também está ativa no cérebro.

Quem tem Alzheimer tem menos irisina

A primeira descoberta do grupo foi ver que havia menos irisina no cérebro de pessoas com Alzheimer. Isso foi feito com análises do post-morten de tecido cerebral e de líquor de pacientes vivos. O achado foi confirmado no cérebro de camundongos geneticamente alterados para desenvolver a doença humana.
O prosseguimento do estudo com roedores mostrou que a concentração de irisina afeta a memória. Menos irisina, menos memória. E se os animais doentes receberem irisina, a memória é recuperada.
O terceiro passo foi mostrar que a irisina também é produzida pelo cérebro, e não apenas pelos músculos. Isso foi feito com experiências com camundongos levados a nadar uma hora por dia durante cinco semanas. O exercício não só aumentou a concentração de irisina como também tornou os animais mais aptos a aprender.
E então veio a dúvida. Será que era apenas a ação da irisina ou havia alguma outra substância ativada pelo exercício. Camundongos foram mais uma vez geneticamente alterados para se tornarem insensíveis à irisina. Nesses roedores, o exercício não fazia efeito. Foi a comprovação de que sim, era ela a substância ligada ao exercício que atuava sobre a memória.
— O próximo passo será saber o quanto de exercício ao longo da vida é necessário para conseguir uma ação protetora contra o Alzheimer — afirma Sérgio Ferreira.
Os cientistas também não descobriram ainda como a irisina atua para impedir que as placas de beta-amiloide características da doença ataquem os neurônios.
Além da possibilidade de prevenir a demência, o estudo abre uma porta para desenvolver uma nova droga. A classe de drogas mais recente contra a doença têm 15 anos — e não resolve. Seus efeitos são temporários, efetivos apenas para metade dos pacientes, e os remédios podem ser usados apenas  por cerca de um ano e meio.

Risco para 25% dos que têm mais de 75 anos

A necessidade de desenvolver um remédio eficiente aumenta no ritmo em que a expectativa de vida se eleva. Segundo Ferreira, 25% das pessoas com mais 75 anos correm risco de desenvolver Alzheimer. Esse percentual sobre para 40% para quem tem mais de 85 anos. 
Esta é uma doença cruel, de evolução lenta, terrível para o paciente e a família, destaca Ferreira, cujo pai morreu devido ao Alzheimer.
— Eu havia começado a estudar a doença quando meu pai foi diagnosticado. Parei essa linha de pesquisa por alguns anos, mas acabei voltando — conta ele, que estuda o Alzheimer há 20 anos.
O trabalho só foi possível porque Fernanda de Felice conseguiu financiamento no exterior. Após amargar quatro anos sem dinheiro para a pesquisa, ela foi para o Canadá, onde conquistou um financiamento de US$ 150 mil — o equivalente a mais de R$ 550 mil — da Sociedade Canadense de Alzheimer. Foi a vitória do mérito, destaca ela. Apenas três bolsas foram concedidas para 200 concorrentes de alto nível.
— Venci mesmo não sendo canadense. Sem esse dinheiro, o trabalho não existiria, mesmo com o pagamento do Brasil a bolsas de alunos(concedidas pela Faperj e pelo CNPq) . Essas não são pesquisas baratas. Medicina custa caro — frisa ela.
Sérgio Ferreira diz que a falta de investimento no Brasil faz com que muitas descobertas não tenham desdobramentos:
— Praticamente não se faz pesquisa clínica no Brasil. Dependemos do que vem do exterior. Isso acontece porque nunca houve apoio oficial para a pesquisa. Ela custa caro, mas, se o Brasil quer inovar e ser independente da área farmacêutica, deveria investir.
Quando escreveu que uma mente sã num corpo saudável (do latin, "mens sana in corpore sano") era o que se deveria desejar na vida, o poeta romano Juvenal pensava em outras coisas. Dois mil anos depois a ciência prova que ele estava certo.

Doença afeta 35 milhões no mundo

O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa incurável e a mais comum causa de demência. Ela provoca perda da memória e da capacidade cognitiva. Os pacientes podem sofrer variações de humor, ficar desorientados e ter delírios.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 35 milhões de indivíduos no mundo têm a doença. No Brasil, há 1 milhão de pessoas afetadas.
A evolução da doença até a morte costuma levar, em média, de oito a dez anos.
No cérebro dos pacientes, há acúmulo de placas de proteína beta-amiloide. Essas placas causam a morte dos neurônios e causam o declínio das funções cerebrais. Os remédios existentes apenas amenizam os distúrbios e fazem efeito por pouco tempo.